Dr. Gilmar Vaz Tostes Filho

paciente com hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma doença endocrinológica comum, atingindo cerca de 10% das pessoas em todo mundo.

É caracterizada pela insuficiência da glândula tireoide em produzir hormônios tireoidianos em quantidade adequada. Essa glândula está localizada na parte da frente do pescoço e produz hormônios que são cruciais para o metabolismo e o equilíbrio geral do corpo.

A falta de produção hormonal adequada pode levar a uma variedade de sintomas e complicações se não for tratada adequadamente.

Neste texto, abordaremos de forma detalhada os principais aspectos do hipotireoidismo, desde suas causas até as opções de tratamento.

Dr. Gilmar Filho – Endocrinologia Integrada com Cuidado e Excelência!

Sou o Dr. Gilmar Filho, endocrinologista com experiência no tratamento de doenças hormonais e metabólicas.

Gilmar Filho endocrinologista e metabologista

Minha missão é cuidar de cada paciente de forma personalizada, compreendendo não apenas a doença, mas o indivíduo como um todo. Para mim cada paciente é único.

Formado em Medicina pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização em Endocrinologia e Metabologia pela mesma instituição, construí minha carreira com base em evidências científicas sólidas e uma profunda empatia pelo ser humano.

Ao longo dos anos, tive o privilégio de acompanhar a evolução de muitos pacientes, ajudando-os a controlar condições complexas como diabetes, distúrbios da tireoide, obesidade, osteoporose, doenças da hipófise e outras disfunções hormonais.

Veja o que os pacientes falam sobre o Dr. Gilmar Filho:

O que é a Tireoide?

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo de Adão. Ela faz parte do sistema endócrino e é responsável por produzir hormônios que regulam diversas funções essenciais do corpo.

a glândula tireoide e o hipotireoidismo

Como a tireoide funciona?

Produção de hormônios: A principal função da tireoide é produzir e liberar dois hormônios principais:

  • Tiroxina (T4): Este é o hormônio mais produzido pela tireoide, mas ele é biologicamente inativo até ser convertido em outro hormônio, o T3.
  • Triiodotironina (T3): Embora produzido em menor quantidade, o T3 é o hormônio ativo que regula diretamente o metabolismo.

Regulação pelo eixo hipotálamo-hipófise: A função da tireoide é controlada por um complexo sistema de feedback envolvendo o hipotálamo e a glândula hipófise:

  • O hipotálamo (no cérebro) libera o hormônio liberador de tireotropina (TRH), que estimula a hipófise a produzir o hormônio estimulante da tireoide (TSH).
  • O TSH (da hipófise) então estimula a tireoide a produzir e liberar T4 e T3.
  • Quando há hormônios tireoidianos suficientes no sangue, o hipotálamo e a hipófise reduzem a produção de TRH e TSH, mantendo o equilíbrio.
controle da glândula tireoide

Função dos hormônios tireoidianos: Os hormônios T3 e T4 são essenciais para:

  • Regular o metabolismo: Eles controlam a velocidade com que o corpo usa energia, influenciando processos como o crescimento, temperatura corporal e o uso de gorduras e carboidratos.
  • Manter a função cardíaca: Esses hormônios ajudam a regular os batimentos cardíacos e a pressão arterial.
  • Promover o desenvolvimento cerebral e a saúde dos ossos e músculos.

O que é Hipotireoidismo?

O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide, uma pequena glândula em forma de borboleta localizada na base do pescoço, não produz quantidades suficientes dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

Esses hormônios desempenham um papel vital no controle do metabolismo, que é o processo pelo qual o corpo converte alimentos em energia.

A doença atinge cerca de 10% das pessoas em todo mundo, e pode afetar tanto homens como mulheres e pessoas de qualquer idade; porém, é mais comum entre as mulheres e os idosos.

Existem dois tipos principais de hipotireoidismo:

Hipotireoidismo Primário: Ocorre quando a tireoide é diretamente incapaz de produzir hormônios suficientes. Esta é a forma mais comum de hipotireoidismo.

Hipotireoidismo Secundário: Resulta de uma falha na hipófise ou no hipotálamo, que são regiões localizadas na base do cérebro e que são responsáveis pela regulação da tireoide através do hormônio estimulante da tireoide (TSH).

O que é Hipotireoidismo Subclínico?

Nem todos os casos de hipotireoidismo apresentam sintomas claros.

O hipotireoidismo subclínico é uma forma assintomática da doença ou com sintomas muito leves, onde os níveis de TSH estão elevados, mas os hormônios T3 e T4 permanecem dentro da faixa normal.

Muitas vezes, esse tipo de hipotireoidismo é descoberto em exames de rotina e, na maioria das vezes, não exige tratamento imediato.

Quais são as Causas do Hipotireoidismo?

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento do hipotireoidismo. As causas mais comuns incluem:

Tireoidite de Hashimoto: Esta é a causa mais comum de hipotireoidismo, uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, levando à sua inflamação, destruição da glândula e consequente diminuição da produção hormonal.

Tratamentos para Hipertireoidismo: Tratamentos como iodo radioativo ou cirurgia para remover parte ou toda a glândula tireoide, frequentemente utilizados para tratar o hipertireoidismo, podem resultar em hipotireoidismo.

Deficiência de Iodo: O iodo é essencial para a produção de hormônios tireoidianos. A deficiência de iodo, embora rara em países desenvolvidos, mas ainda presente em algumas regiões do Brasil, é uma causa comum de hipotireoidismo em algumas regiões do mundo, incluindo o nosso país.

Cirurgia Tireoidiana: A remoção total ou parcial da glândula tireoide pode levar ao hipotireoidismo.

Radioterapia: A radioterapia no pescoço ou na cabeça para tratamento de tumores nessas regiões pode afetar a glândula tireoide, resultando em uma diminuição da produção hormonal.

Medicamentos: Certos medicamentos, como o lítio, interferon-alfa e alguns antiepilépticos, podem causar hipotireoidismo.

    Quais são os Sintomas do Hipotireoidismo?

    Os sintomas do hipotireoidismo podem variar amplamente, dependendo da gravidade da deficiência hormonal. Eles tendem a se desenvolver lentamente, muitas vezes ao longo de vários anos. Os sintomas mais comuns incluem:

    • Fadiga: Sensação persistente de cansaço, mesmo após uma noite de sono.
    • Ganho de Peso: Aumento de peso inexplicável ou dificuldade em perder peso, mesmo com dieta e exercícios adequados.
    • Intolerância ao Frio: Sensação constante de frio, mesmo em ambientes com temperatura moderada.
    • Pele Seca: A pele pode se tornar seca e espessa
    • Cabelos e Unhas Quebradiças: os cabelos e unhas podem ficar frágeis e caírem com facilidade.
    • Constipação (ou Prisão de Ventre): A desaceleração do metabolismo pode levar a problemas digestivos, como constipação.
    • Depressão: Mudanças de humor, incluindo depressão, são comuns em pessoas com hipotireoidismo não tratado.
    • Dor Muscular e Articular: Dor, rigidez ou inchaço nas articulações e músculos.
    • Menstruação Irregular: Mulheres podem experimentar menstruações mais intensas e irregulares.
    • Alterações Cognitivas: Problemas de memória, dificuldade de concentração e lentidão de raciocínio.

    Impacto na Gravidez

    O hipotireoidismo não tratado durante a gravidez pode causar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê, incluindo parto prematuro, pré-eclâmpsia e baixo peso ao nascer.

    É por isso que a função tireoidiana é frequentemente monitorada em mulheres grávidas, especialmente naquelas com histórico de doenças da tireoide.

    Como é feito o Diagnóstico do Hipotireoidismo?

    O diagnóstico do hipotireoidismo é geralmente confirmado por exames de sangue que medem os níveis de TSH e hormônios tireoidianos. Os principais exames incluem:

    TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide): Este é o exame mais sensível para detectar hipotireoidismo. Um nível elevado de TSH indica que a glândula tireoide não está funcionando adequadamente.

    T4 Livre (Tiroxina Livre): A medição do T4 livre ajuda a determinar se o nível de hormônio tireoidiano está realmente baixo no corpo.

    T3 Livre (Triiodotironina Livre): Em alguns casos, os níveis de T3 também são medidos, embora o T4 seja o indicador primário da função tireoidiana.

    Anticorpos Antitireoidianos: Exames para detectar anticorpos antitireoidianos (anti-tireoperoxidase ou anti-TPO e anti-Tireoglobulina) e podem ser realizados para confirmar a presença de doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto.

    Veja também: Nódulos de tireoide

    Tratamento do Hipotireoidismo

    O tratamento do hipotireoidismo é relativamente simples e envolve a reposição do hormônio tireoidiano faltante. O tratamento padrão inclui:

    • Levotiroxina: Este é o tratamento de escolha para o hipotireoidismo. A levotiroxina é um hormônio sintético idêntico ao T4 produzido pela tireoide. Ela normaliza os níveis de TSH e restaura a função metabólica normal.
    • Ajuste de Dosagem: A dosagem da levotiroxina deve ser ajustada com base nos níveis de TSH e T4, que devem ser monitorados regularmente para garantir que o tratamento esteja adequado. É importante tomar o medicamento conforme prescrito, geralmente em jejum e com água, para garantir sua absorção adequada.
    • Monitoramento Contínuo: Após o início do tratamento, os níveis de TSH são monitorados a cada 6-8 semanas até que estejam estabilizados. Posteriormente, a cada 6-12 meses, para garantir que os níveis hormonais permaneçam dentro da faixa desejada.

    Complicações do Hipotireoidismo Não Tratado

    O hipotireoidismo não tratado pode levar a complicações sérias, incluindo:

    Bócio: A glândula tireoide pode aumentar de tamanho na tentativa de compensar a baixa produção hormonal, resultando em um bócio.

    Problemas Cardiovasculares: O hipotireoidismo pode aumentar os níveis de colesterol LDL (“colesterol ruim”), o que eleva o risco de doenças cardíacas e insuficiência cardíaca.

    Infertilidade: Níveis baixos de hormônios tireoidianos podem interferir na ovulação, levando à infertilidade.

    Mixedema: Uma complicação rara, mas grave, que pode ocorrer em casos de hipotireoidismo severo e não tratado. O mixedema pode levar ao coma, exigindo intervenção médica imediata.

    Depressão e Deterioração Mental: Se não tratado, o hipotireoidismo pode contribuir para a depressão severa e o declínio cognitivo.

    Caso você já tenha ou suspeite que tenho hipotireoidismo, o Dr. Gilmar Filho é medico especializado nesse tipo de doença e poderá atender você.

    Considerações Finais

    O hipotireoidismo é uma condição tratável, mas que requer diagnóstico e tratamento contínuo para evitar complicações.

    Se você apresenta sintomas de hipotireoidismo, é importante procurar um médico endocrinologista para uma avaliação completa. Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes pode levar uma vida saudável e normal.

    Lembre-se, o tratamento deve ser personalizado de acordo com as necessidades individuais e deve ser monitorado regularmente por um profissional de saúde qualificado.

    A adesão ao tratamento e as visitas regulares ao endocrinologista são fundamentais para o sucesso do controle do hipotireoidismo.

    Se você tem dúvidas ou sintomas que possam estar relacionados ao hipotireoidismo, marque uma consulta com o Dr. Gilmar Filho para uma avaliação completa. A prevenção e o tratamento precoce são as melhores estratégias para manter sua saúde em dia.

    Dívidas comuns sobre o Hipotireoidismo

    O hipotireoidismo pode causar ganho de peso?

    Sim, o hipotireoidismo pode levar ao ganho de peso. Isso ocorre porque a glândula tireoide é responsável por regular o metabolismo, que influencia a forma como o corpo queima calorias e utiliza energia.

    Quando a tireoide está funcionando de maneira inadequada, como no hipotireoidismo, o metabolismo desacelera, o que pode resultar em ganho de peso.

    No entanto, é importante destacar que o ganho de peso associado ao hipotireoidismo tende a ser moderado, geralmente em torno de 2 a 5 quilos, e está relacionado principalmente à retenção de líquidos e ao acúmulo de gordura.

    O tratamento adequado com reposição de hormônio tireoidiano pode ajudar a estabilizar o peso e melhorar os sintomas metabólicos.

    Se você está tratando o hipotireoidismo, mas ainda enfrenta desafios com o peso, é importante conversar com seu médico para ajustar o tratamento ou explorar outras causas potenciais.

    O hipotireoidismo pode afetar a fertilidade?

    Sim, o hipotireoidismo pode interferir na ovulação, causando dificuldade para engravidar. No entanto, com o tratamento adequado, a fertilidade geralmente pode ser restaurada.

    O hipotireoidismo tem cura?

    Embora não haja cura para o hipotireoidismo, a condição pode ser controlada com medicamentos que substituem o hormônio tireoidiano que o corpo não está produzindo. O tratamento é geralmente de longo prazo e exige acompanhamento médico regular.

    Como devo tomar a levotiroxina?

    A levotiroxina deve ser tomada seguindo orientações precisas para garantir sua eficácia. Aqui estão algumas diretrizes gerais:

    • Tomar em jejum: A levotiroxina deve ser ingerida pela manhã, em jejum, pelo menos 30 a 60 minutos antes do café da manhã. Isso ajuda a garantir que o medicamento seja absorvido adequadamente pelo organismo.
    • Com água: Tome o comprimido com um copo cheio de água. Evite ingerir com outros líquidos, como leite, sucos ou café, pois podem interferir na absorção.
    • Evitar certos alimentos e medicamentos próximos ao horário de administração: Alguns alimentos e suplementos, como aqueles ricos em cálcio, ferro, ou soja, podem prejudicar a absorção da levotiroxina. Se você consome esses alimentos ou toma suplementos, faça isso com pelo menos 4 horas de diferença da levotiroxina. Medicamentos antiácidos, contendo alumínio ou magnésio, também devem ser evitados no mesmo horário.
    • Consistência no horário: É importante tomar o medicamento no mesmo horário todos os dias para manter níveis consistentes de hormônio no corpo.
    • Acompanhamento médico regular: A dose de levotiroxina pode precisar ser ajustada ao longo do tempo, especialmente com mudanças na sua condição de saúde. Visite seu médico regularmente para monitorar seus níveis hormonais (TSH) e ajustar o tratamento conforme necessário.

    Seguir essas orientações ajuda a garantir que o tratamento com levotiroxina seja eficaz e minimiza o risco de interferências na absorção.

    O tratamento para hipotireoidismo pode ter efeitos colaterais?

    O tratamento geralmente envolve a administração de levotiroxina, um hormônio sintético que imita o T4 produzido naturalmente pela tireoide. Quando a dose é ajustada corretamente, os efeitos colaterais são raros.

    Contudo, se a dose estiver muito alta ou muito baixa, podem surgir sintomas como insônia, palpitações, ou cansaço persistente. É fundamental manter o acompanhamento médico para ajustar o tratamento conforme necessário.

    Saiba mais

    10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Hipotireoidismo – SBEM (endocrino.org.br)

    Hipotireoidismo: sintomas, diagnóstico e tratamento – Portal Drauzio Varella (uol.com.br)