O hipertireoidismo é uma condição na qual a glândula tireoide produz hormônios em excesso, levando a um aumento no metabolismo do corpo.
Essa desordem pode afetar diversas funções corporais e, se não tratada adequadamente, pode resultar em complicações graves.
Neste artigo, vamos explorar o que é o hipertireoidismo, seus principais sintomas, como é diagnosticado e quais são as opções de tratamento disponíveis.
Dr. Gilmar Filho – Endocrinologia Integrada com Cuidado e Excelência!
Sou o Dr. Gilmar Filho, endocrinologista com experiência no tratamento de doenças hormonais e metabólicas.
“Minha missão é cuidar de cada paciente de forma personalizada, compreendendo não apenas a doença, mas o indivíduo como um todo. Para mim cada paciente é único.“
Formado em Medicina pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização em Endocrinologia e Metabologia pela mesma instituição, construí minha carreira com base em evidências científicas sólidas e uma profunda empatia pelo ser humano.
Ao longo dos anos, tive o privilégio de acompanhar a evolução de muitos pacientes, ajudando-os a controlar condições complexas como diabetes, distúrbios da tireoide, obesidade, osteoporose, doenças da hipófise e outras disfunções hormonais.
Veja o que os pacientes falam sobre o Dr. Gilmar Filho:
O Que é o Hipertireoidismo?
A glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço, desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo através da produção dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
No hipertireoidismo, há uma superprodução desses hormônios, resultando em uma aceleração excessiva do metabolismo de todo o corpo.
Quais são as Causas do Hipertireoidismo?
Várias condições podem levar ao desenvolvimento do hipertireoidismo. As causas mais comuns incluem:
- Doença de Graves:
É a causa mais comum de hipertireoidismo e é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca a tireoide, fazendo com que ela produza hormônios em excesso.
- Adenoma tóxico ou Bócio multinodular tóxico
Ocorre quando um ou mais nódulos na tireoide produz hormônios em excesso de forma autônoma, ou seja, independentemente do controle exercido pela hormônio estimulante de tireoide (TSH), o qual é produzido pela hipófise.
Veja também: Nódulos de tireoide
- Tireoidite indolor (ou silenciosa) ou tireoidite pós-parto
São doenças nas quais há uma inflação transitória da glândula tireoide, levando a uma liberação dos estoques de hormônios tireoidianos de forma exagerada na corrente sanguínea, causando hipertireoidismo.
A tireoidite pós-parto pode ocorrer vários meses após o nascimento do bebê e os sintomas de hipertireoidismo pode durar também por vários meses, frequentemente seguidos por vários meses de sintomas de hipotireoidismo, como fadiga, cãibras, inchaço e ganho de peso.
- Excesso de ingestão de iodo ou de hormônios tireoidianos
A ingestão excessiva de iodo pode levar a uma superprodução de hormônios pela tireoide, especialmente em pessoas predispostas.
Da mesma forma, a ingestão de quantidades excessivas de hormônios tireoidianos, normalmente utilizados no tratamento do hipotireoidismo, pode levar a um quadro de hipertireoidismo.
Existem ainda outras formas mais raras de hipertireoidismo causados por medicações que contenham iodo em suas formulações, como, por exemplo, o lítio e a amiodarona.
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Quais são os Sintomas do Hipertireoidismo?
Os sintomas do hipertireoidismo podem variar em intensidade e se desenvolver gradualmente. Os sinais mais comuns incluem:
- Perda de peso inexplicável: Apesar de manter ou até aumentar a ingestão de alimentos.
- Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca em repouso, frequentemente superior a 100 batimentos por minuto.
- Tremores: Tremores finos nas mãos e dedos.
- Suor excessivo: Aumento da transpiração e intolerância ao calor.
- Alterações menstruais: Ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação.
- Fadiga e fraqueza muscular: Sensação constante de cansaço e fraqueza muscular, especialmente nos braços e coxas.
- Alterações no humor: Ansiedade, irritabilidade ou nervosismo.
- Problemas oculares: Exoftalmia (olhos saltados), visão dupla ou irritação ocular, especialmente na Doença de Graves.
Como é feito o diagnóstico do Hipertireoidismo?
O diagnóstico do hipertireoidismo é baseado em uma combinação de sintomas clínicos, exames físicos e testes laboratoriais. Os principais métodos diagnósticos incluem:
Exames de Sangue
TSH (Hormônio Estimulador da Tireoide): Níveis baixos de TSH indicam que a tireoide está hiperativa.
T3 e T4: Níveis elevados de T3 e T4 confirmam o diagnóstico de hipertireoidismo.
Anticorpos Anti-TPO e TRAb: A presença desses anticorpos pode indicar a Doença de Graves, que é uma causa comum de hipertireoidismo.
Exames de Imagem
- Cintilografia da Tireoide: Esse exame utiliza uma pequena quantidade de material radioativo para visualizar a glândula tireoide e determinar a causa do hipertireoidismo.
- Ultrassonografia: Útil para avaliar a presença de nódulos tireoidianos ou aumento generalizado da glândula.
Exame Físico
Durante o exame físico, o médico pode detectar sinais como um bócio (aumento da tireoide), exoftalmia ou tremores finos.
O Dr. Gilmar Filho é médico Endocrinologista e Metabologista em São Paulo e pode avaliar o seu caso de forma pormenorizada e individualizada caso você suspeite que esteja com hipertireoidismo ou já seja diagnosticado.
Tratamento do Hipertireoidismo
O tratamento do hipertireoidismo depende da causa subjacente, da idade do paciente, da gravidade da doença e da presença de outras condições de saúde. As principais opções de tratamento incluem:
Medicamentos
- Antitireoidianos: Drogas como o metimazol e o propiltiouracil (PTU) inibem a produção de hormônios tireoidianos. Esses medicamentos são frequentemente a primeira linha de tratamento e podem ser usados a longo prazo ou como preparação para outros tratamentos.
- Betabloqueadores: Embora não tratem diretamente o hipertireoidismo, esses medicamentos ajudam a controlar os sintomas, como taquicardia e tremores, ao bloquear os efeitos dos hormônios tireoidianos.
Terapia com Iodo Radioativo
O iodo radioativo é absorvido pela tireoide, onde destrói as células hiperativas. Esse tratamento é frequentemente utilizado em adultos com hipertireoidismo, especialmente na Doença de Graves. Após o tratamento, muitos pacientes desenvolvem hipotireoidismo e precisam de reposição hormonal com levotiroxina.
Cirurgia
A cirurgia para remover parte ou toda a tireoide (tireoidectomia) é uma opção para pacientes que não toleram medicamentos antitireoidianos, que têm bócio volumoso ou nódulos suspeitos de malignidade. A cirurgia pode resultar em hipotireoidismo, que requer tratamento contínuo com hormônio tireoidiano.
Considerações Especiais
- Gravidez: O hipertireoidismo em gestantes deve ser cuidadosamente manejado, pois tanto a doença quanto o tratamento inadequado podem afetar o feto.
- Idosos: Em pacientes idosos, o hipertireoidismo pode se manifestar de maneira atípica, com sintomas cardiovasculares predominantes. O tratamento deve ser adaptado para minimizar os riscos.
Complicações do Hipertireoidismo
Sem tratamento adequado, o hipertireoidismo pode levar a complicações graves, como:
- Tempestade Tireoidiana: Uma emergência médica caracterizada por febre alta, taquicardia, delírios e insuficiência cardíaca. É potencialmente grave, podendo levar até a morte.
- Osteoporose: O excesso de hormônios tireoidianos pode acelerar a perda de massa óssea, o que aumenta de forma importante o risco de fraturas.
- Problemas Cardíacos: O hipertireoidismo prolongado pode causar arritmias, insuficiência cardíaca e outras complicações cardiovasculares.
- Problemas Oculares: Na Doença de Graves, os pacientes podem desenvolver complicações oculares graves que requerem tratamento especializado.
Prevenção e Cuidados
Embora nem todas as causas de hipertireoidismo possam ser prevenidas, algumas medidas podem ajudar a minimizar os riscos:
- Monitoramento regular: Pacientes com histórico familiar de doenças da tireoide devem realizar exames regulares para detectar alterações precoces.
- Cuidado com o consumo de iodo: Pessoas em risco de hipertireoidismo devem evitar o consumo excessivo de iodo, que pode desencadear ou agravar a condição.
- Tratamento adequado: Cumprir rigorosamente o plano de tratamento prescrito pelo médico para evitar complicações.
Conclusão
O hipertireoidismo é uma condição séria que pode afetar várias áreas da saúde. Com o diagnóstico e tratamento corretos, a maioria dos pacientes pode controlar a doença e levar uma vida normal.
Se você está experimentando sintomas de hipertireoidismo, é fundamental procurar orientação médica para um diagnóstico e tratamento adequados.
Este texto foi desenvolvido para fornecer informações educativas e não substitui a consulta com um endocrinologista. Agende uma consulta para uma avaliação completa e personalizada.
Saiba mais:
https://www.tireoide.org.br/para-o-publico/disturbios/hipertireoidismo-sintomas