Dr. Gilmar Vaz Tostes Filho

tratamento medicamentoso injetável da obesidade

Além de uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, o tratamento medicamentoso da obesidade é uma opção eficaz para pessoas que lutam contra a doença.

A obesidade é um problema de saúde crescente no Brasil, afetando milhões de pessoas e aumentando o risco de diversas doenças, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares.

Conheça o Dr. Gilmar Filho: Endocrinologia Integrada com Cuidado e Excelência!

Sou o Dr. Gilmar Filho, endocrinologista e matabologista com experiência no tratamento de doenças hormonais e metabólicas. Minha missão é cuidar de cada paciente de forma personalizada, compreendendo não apenas a doença, mas o indivíduo como um todo.

Formado em Medicina pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização em Endocrinologia e Metabologia pela mesma instituição, construí minha carreira com base em evidências científicas sólidas e uma profunda empatia pelo ser humano.

Ao longo dos anos, tive o privilégio de acompanhar a evolução de muitos pacientes, ajudando-os a controlar condições complexas como diabetes, distúrbios da tireoide, obesidade, osteoporose, hipogonadismo, doenças da hipófise e outras disfunções hormonais.

Para mim cada paciente é único, e minha abordagem vai além do tratamento medicamentoso. Acredito que a educação em saúde e o suporte contínuo são pilares fundamentais para o sucesso no tratamento endocrinológico.

No meu consultório, crio um ambiente acolhedor, onde a escuta ativa é a prioridade. Aqui, todas as suas dúvidas são bem-vindas e respondidas com clareza.

Além da prática clínica, mantenho-me constantemente atualizado com os avanços da medicina. Participando de congressos e me baseando em publicações científicas relevantes, busco sempre incorporar novas tecnologias e tratamentos em meus atendimentos.

Isso me permite oferecer diagnósticos precisos e terapias modernas que realmente façam a diferença na vida dos meus pacientes.

Se você está buscando um endocrinologista comprometido com a sua saúde, que enxerga além dos sintomas e valoriza a relação médico-paciente, estou aqui para ajudar.

Meu objetivo é proporcionar uma vida mais saudável e equilibrada, guiada pela ciência e pelo cuidado humanizado.

Endocrinologista em São Paulo que trata de hipotireoidismo

Além de atender em consultório particular, o Dr. Gilmar Filho é:

  • Preceptor da Residência em Clínica Médica do Hospital São Luiz Gonzaga
  • Membro da Associação Médica Brasileira (AMB)
  • Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
  • Coordenador da Clínica Médica do Hospital São Luiz Gonzaga

Nesse post, vamos apresentar os principais medicamentos disponíveis no Brasil para o tratamento da obesidade, abordando também outras questões importantes sobre o tema. Mas antes vamos entender um pouco mais sobre a obesidade.

O que é Obesidade e como ela é definida?

A obesidade é uma condição médica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que pode afetar negativamente a saúde.

Apesar de sua prevalência crescente e das graves implicações para a saúde, a obesidade continua sendo uma doença frequentemente negligenciada por sistemas de saúde, políticas públicas e até mesmo pela sociedade em geral.

Obesidade é definida pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, geralmente medido pelo Índice de Massa Corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo o peso da pessoa (em quilos) pela sua altura (em metros) ao quadrado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS):

  • IMC de 25 a 29,9: Sobrepeso
  • IMC de 30 a 34,9: Obesidade Grau I
  • IMC de 35 a 39,9: Obesidade Grau II
  • IMC ≥ 40: Obesidade Grau III

Obesidade: uma epidemia global!

A obesidade é uma epidemia global que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a OMS:

  • Mais de 1,9 bilhão de adultos estavam acima do peso em 2016, dos quais, mais de 650 milhões eram obesos.
  • A prevalência global da obesidade quase triplicou desde 1975.
  • No Brasil, mais de 20% da população adulta é obesa, e cerca de 60% está acima do peso.
obesidade, uma epidemia global

Quais são as causas da Obesidade?

A obesidade é uma condição multifatorial que resulta da interação de diversos fatores, incluindo:

Genética: Predisposição genética pode influenciar a forma como o corpo armazena e distribui gordura. Existem casos de doenças monogênicas, ou seja, de mutação em um único gene que contribuem para o desenvolvimento de obesidade como visto nas síndromes de Prader-Willi, Bardet-Biedl, X-frágil e Osteodistrofia hereditária de Albright.

Porém, essas doenças são raras, portanto, a maioria dos casos de obesidade resultam de alterações poligênicas (vários genes).

Ambiente: Disponibilidade de alimentos altamente calóricos e estilos de vida sedentários contribuem significativamente para o aumento de peso.

Estilo de vida: Maus hábitos alimentares, como consumo excessivo de fast food e bebidas açucaradas, além da falta de atividade física.

Fatores Metabólicos e Hormonais: Desequilíbrios hormonais, como hipotireoidismo e síndrome dos ovários policísticos, podem contribuir para o ganho de peso.

Fatores Psicológicos: Estresse, depressão e outros problemas de saúde mental podem levar ao aumento do apetite e ao consumo excessivo de alimentos.

A Obesidade e seu impacto na Saúde

A obesidade está associada a uma série de comorbidades que comprometem seriamente a saúde dos indivíduos:

  • Doenças Cardiovasculares: A obesidade aumenta o risco de hipertensão, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
  • Diabetes Tipo 2: A resistência à insulina, frequentemente presente na obesidade, é um precursor do diabetes tipo 2.
  • Doenças Hepáticas: A esteatose hepática não alcoólica (fígado gorduroso) é comum em pessoas obesas.
  • Câncer: A obesidade está relacionada a um risco aumentado de vários tipos de câncer, incluindo mama, cólon e endométrio.
  • Distúrbios Musculoesqueléticos: O excesso de peso exerce pressão adicional sobre as articulações, levando a problemas como osteoartrite.
  • Distúrbios Psiquiátricos: Depressão, ansiedade e distúrbios alimentares são mais prevalentes em pessoas com obesidade.

Diante disso, vimos a importância do tratamento adequado da obesidade como forma de evitar complicações relacionadas a esta doença. Agora vou apresentar os principais medicamentos disponíveis no Brasil para o seu tratamento.

Dr Gilmar Filho especialista capaz de manejar o tratamento medicamentoso da obesidade

Tratamento Medicamentoso da Obesidade

Agonistas de GLP-1

Os agonistas de GLP-1 (Glucagon-Like Peptide-1) são uma classe de medicamentos que têm mostrado grande eficácia no tratamento da obesidade. Eles funcionam mimetizando o hormônio GLP-1, que ajuda a regular o apetite e a ingestão de alimentos mediados, principalmente, pelo retardo do esvaziamento gástrico e atuação no centro da fome no hipotálamo.

Alguns dos principais agonistas de GLP-1 disponíveis no Brasil incluem:

  • Liraglutida: Este medicamento é administrado por injeção subcutânea diária e tem demonstrado resultados significativos na perda de peso, além de benefícios adicionais como a melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2.
  • Semaglutida: A semaglutida está disponível em formulações semanais injetáveis ou comprimido por via oral diário. Recentemente foi aprovada em uma dose específica para perda de peso. Estudos mostram que a semaglutida pode levar a uma perda de peso significativa, superior a muitos outros tratamentos.

Quais são os afeitos colaterais dos agonistas de GLP-1?

Sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia, são os efeitos colaterais mais comuns dos agonistas de GLP-1. Esses sintomas são mais frequentes em doses mais altas e tendem a melhorar com o passar dos dias.

Apenas 4% dos pacientes não toleram os efeitos adversos e precisam descontinuar o tratamento. Outros efeitos adversos descritos, porém, menos comuns, são:

  • Indigestão.
  • Dor de estômago.
  • Refluxo ou azia.
  • Cólicas.
  • Constipação intestinal.
  • Excesso de gases.
  • Cálculo biliar.
  • Tontura.
  • Cansaço.
  • Perda de apetite.
  • Aumento da frequência cardíaca.
  • Aumento de enzimas pancreáticas (como lipase e amilase).

Os agonistas de GLP-1 são contraindicados em pessoas com histórico de pancreatite ou câncer medular da tireoide.

Outros benefícios dos agonistas de GLP-1 além da perda de peso

Os agonistas de GLP-1 são amplamente conhecidos por seu papel no controle do peso e do diabetes tipo 2, mas eles também podem oferecer vários outros benefícios à saúde. Aqui estão alguns dos principais:

Redução do Risco de Eventos Cardiovasculares: Estudos mostram que os agonistas de GLP-1 podem reduzir o risco de eventos cardiovasculares adversos maiores, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, especialmente em pacientes com diabetes tipo 2 e alto risco cardiovascular.

Melhora da Função Endotelial: Eles ajudam a melhorar a função endotelial, que é crucial para a saúde dos vasos sanguíneos e para a prevenção de aterosclerose.

Proteção Renal: Há evidências de que esses medicamentos podem retardar a progressão da doença renal diabética, protegendo a função renal e reduzindo a albuminúria (presença de albumina na urina).

Redução da Esteatose Hepática: Eles podem ajudar a reduzir a gordura no fígado, beneficiando pacientes com esteatose hepática não alcoólica (NAFLD) e esteato-hepatite não alcoólica (NASH).

Devo suspender os agonistas de GLP-1 antes de cirurgias?

Sim!  Pacientes devem suspender o uso da Semaglutida injetável de 7 a 14 dias antes de cirurgias eletivas devido ao risco de regurgitação alimentar durante a anestesia. Pacientes em uso de Liraglutida devem suspender a medicação 2 dias antes da cirurgia.

Posso usar os Agonistas de GLP-1 durante a gravidez?

Não! Tanto a Liraglutida quanto a Semaglutida são contraindicadas durante a gravidez.

Estudos em animais mostraram que os agonistas de GLP-1 podem atravessar a placenta e afetar o desenvolvimento fetal, resultando em malformações congênitas e crescimento fetal restrito. Embora os dados em humanos sejam limitados, esses achados em estudos animais são preocupantes.

Há uma falta de estudos bem controlados em mulheres grávidas. A segurança dos agonistas de GLP-1 durante a gravidez não foi estabelecida, e seu uso é contraindicado devido à falta de dados confiáveis.

Se você deseja engravidar e está tomando um agonista de GLP-1 ou qualquer outra medicação para perda ou controle do peso, é crucial informar seu médico imediatamente.

Sibutramina

A sibutramina é um medicamento que atua inibindo a recaptação de serotonina e noradrenalina, aumentando a sensação de saciedade e diminuindo o apetite. É importante lembrar que a sibutramina deve ser utilizada com cautela, devido a possíveis efeitos colaterais cardiovasculares. É indicada para pacientes que não conseguiram perder peso com dieta e exercícios físicos e que não possuem contraindicações ao seu uso.

Orlistate

O orlistate é um inibidor de lipase que atua no trato gastrointestinal, impedindo a absorção de cerca de 30% da gordura ingerida na dieta. É uma opção útil para pacientes que necessitam de uma abordagem mais moderada e é particularmente eficaz quando combinado com uma dieta de baixa gordura.

Naltrexona e Bupropiona

A combinação de naltrexona e bupropiona é um tratamento relativamente novo no Brasil, que atua em diferentes áreas do cérebro para reduzir o apetite e aumentar a saciedade.

A naltrexona é um antagonista de opioides, enquanto a bupropiona é um inibidor da recaptação de dopamina e noradrenalina.

Juntas, essas medicações estimulam os neurônios POMC do hipotálamo e bloquear a autoinibição mediada por opioides, controlando o desejo por alimentos e os impulsos alimentares.

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Tirzepatida

A tirzepatida é um medicamento inovador que age tanto como agonista de GLP-1 quanto como agonista do GIP (peptídeo inibidor gástrico), ambos da classe das incretinas.

Estudos recentes indicam que a tirzepatida pode ser ainda mais eficaz que os agonistas de GLP-1 isolados, promovendo uma perda de peso significativa.

Embora já aprovado pela Anvisa, ainda não está disponível comercialmente no Brasil, vem como uma opção promissora para o futuro do tratamento da obesidade.

Outras Medicações que podem auxiliar no tratamento medicamentoso da Obesidade

Além dos medicamentos principais, algumas medicações adjuvantes podem ser utilizadas para potencializar o tratamento da obesidade:

  • Lisdexanfetamina: Utilizada principalmente no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), a lisdexanfetamina também pode ajudar a controlar o apetite e reduzir o consumo de alimentos, especialmente em casos de compulsão alimentar.
  • Topiramato: Originalmente um anticonvulsivante, o topiramato pode auxiliar na perda de peso devido aos seus efeitos sobre a saciedade e a redução do apetite. Pode ser utilizado em combinação com outras terapias.
  • Inibidores de Recaptação de Serotonina: Medicamentos como a fluoxetina e a sertralina, comumente usados para tratar depressão e ansiedade, também podem ter um efeito secundário de redução do apetite e, consequentemente, ajudar na perda de peso.

Considerações Finais

O tratamento medicamentoso da obesidade deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde qualificado, que avaliará o histórico médico do paciente e determinará a opção mais segura e eficaz, monitorando de perto os possíveis riscos e efeitos colaterais. Por esse motivo, a automedicação é sempre desencorajada!

Dr Gilmar Filho especialista capaz de manejar o tratamento medicamentoso da obesidade

É essencial que o uso de medicamentos seja combinado com mudanças no estilo de vida, incluindo uma dieta balanceada e a prática regular de atividades físicas, para alcançar os melhores resultados possíveis.

Se você está lutando contra a obesidade e quer saber mais sobre as opções de tratamento, agende uma consulta. Juntos, podemos encontrar a melhor abordagem para você alcançar uma vida mais saudável e equilibrada.

Saiba Mais

10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Obesidade – SBEM (endocrino.org.br)

Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf (abeso.org.br)

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